sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Despedida

Mais um ano se passa. 2010.
Parece que foi ontem que eu estava comemorando o réveillon. Que estávamos fazendo uma lista do que iríamos realizar no novo ano e contando regressivamente a passagem de 2009 para 2010.
Parece que foi ontem que eu me queixei do tédio das férias. Ou que eu voltei para a escola, toda feliz, com meus materiais novos e com as coisas para contar pros amigos.

Quando estamos no meio do ano, achamos que vai ser um século para chegar ao final. E quando chegamos ao final, percebemos que tudo passou muito rápido, como se fosse mágica.
Então, diante disso, valorize cada minuto da vida. A cada ano que se passa, uma coisa fica para trás.
E é aqui que eu me despeço de vocês, queridos leitores. Este é o meu último texto de 2010, e, ao contrário de muitos, eu gostei desse ano. Em 2010, eu cresci. Fiquei menos infantil, tornei-me mais madura. Conheci novas pessoas, valorizei diferentes sentimentos, criei novos objetivos, além de criar, também, novos medos. Mas a vida é assim. E temos que crescer desse modo, junto dela.
Ah, e eu juro que vou tentar me esforçar mais para fazer bons textos no próximo ano. Não, não é só uma promessa passageira.                                                                           Espero que não.

Divirtam-se, e tenham um ótimo ano novo. Vejo vocês em 2011. §

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Esforçar e estragar

Sabe quando você quer desistir de tudo? Quer começar tudo de novo?           
                                                                          


                                                                                         

Então.






Chega um tempo que você fica farto. Farto de não conseguir satisfazer ninguém e receber indiretas de quem você menos esperava.
Quando você tenta, o máximo, se esforçar para fazer tal coisa, e só acaba estragando tudo. Mas, aquilo é para o bem, e não para piorar a situação. A última coisa que eu pensava era que poderia fazer tudo ficar pior.
Aí você pensa: Eu faço de tudo para que eu satisfaça as pessoas, mas elas querem algo a mais de mim. O que?
O que, já que, eu faço de tudo para que elas se sintam bem? O QUE?
Mas, alguma coisa me impede de fazer isso. Algum sentimento, no mínimo, forte, não te deixa começar do zero.


Eu não consigo fazer um texto sobre isso que estou sentindo. Não consigo mesmo. É algo que me deixa confusa, algo que não sei descrever.
Só sei que estou misturada de decepção, indecisão e tristeza. Misturou tudo, por uma coisa banal. Mas eu tenho ótimas lembranças dali, eu conheci novas pessoas, eu amadureci.
E parece que não é o bastante. § 

Lar natural

Gosto de observar. Gosto de sentir a brisa natural no meu rosto, levando o meu cabelo. Gosto de sentir os meus lábios ressecados sobre aquele vento que, corre em círculos, mas é infinito.
É bom sentir a sensação de estar em contato com a natureza. Com o céu, o sol e as nuvens; com a terra, as lagartas e a grama; com a água, os peixes e as ondas.
Sinto tranquilidade ali. Em um lugar que não tem mais fim. Em um local que eu me sinto em casa. Porque ali eu sei que há uma saída, uma solução para tudo. Sem ninguém para me perturbar ou me aborrecer. Sem um alguém que queira me fazer correr.

Ali é o meu mundo. E é onde eu correrei quando não encontrar uma saída dos problemas. §

Doce Inocência

Eu ainda acredito em contos de fadas. Ainda acho que quem acredita sempre alcança. Ainda procuro encontrar inspiração em pequenas coisas, e crio esperança de acordo com o momento.
Porque eu ainda sou uma criança. Sorrio de coisas menos engraçadas, choro por coisas banais e não consigo guardar ressentimentos só para mim. Fico nervosa por qualquer coisa e me emociono sobre pequenos atos de carinho.
Fico insegura em inferiores decisões porque sei que, diante da minha escolha, não poderei voltar atrás.
Ainda pretendo encontrar o meu príncipe encantado no meio de tanta rejeição e ter um final feliz com ele.
Tento correr atrás do que quero e não desisto, pois no túnel mais escuro, no momento mais obscuro sempre há uma luz em um lugar. É só procurar.

Sei que ilusão tapa os olhos de qualquer pessoa, mas só nela, só no meu mundo, é onde eu encontro forças para lutar e conseguir; acreditar e alcançar; cair e levantar.

Todo problema tem seu final. E todo final tem sua solução. E eu estarei procurando por ela. Até o fim. §

domingo, 28 de novembro de 2010

Ela se esconde porque não quer demonstrar seus sentimentos. Esconde-se do mundo, e guarda o que pensa só para ela.
 
Usa roupas pretas para se expressar, mudando a opinião das pessoas de quem é ela normalmente. Mas, afinal, quem é aquela garota?

Uma de olhos castanhos e avermelhados, o cabelo um pouco longo e preto; que só vai pro colégio de roupas escuras, de botas ou tênis velhos, com camisas de manga e maquiada.
Não era julgada muito pelo seu estilo, mas pela sua personalidade. Ela tinha um gênio forte demais, e era muito tímida. Não falava com ninguém dali.

Ninguém sabe de onde ela veio, e muito menos para onde ela irá. Não conhecem sua família, e só sabem o seu sobrenome por causa da chamada na sala de aula.
Olívia Campbell.

Era rejeitada por toda a sala. Ninguém a notava, a não ser para zoá-la. Mas ela já não ligava mais. Havia se acostumado com a solidão... que ela mesma escolheu.

Estudava de manhã. Chegava sempre mais tarde na escola, sentava no fundo e ficava com o fone de ouvido nas aulas. Ouvindo My Chemical Romance, pra variar. 

Saía o mais cedo possível. Andava rapidamente para chegar a casa. Mas ninguém sabia quem (ou o quê) ela era então não podia tirar satisfações.

Outro dia começou. Um dia chuvoso. Muito chuvoso e frio. O que motivou as vestimentas exageradas de Olívia. 

A não ser o clima, tudo ocorria normalmente naquele começo de outubro.
Um assunto que bomba no terceiro ano é o namoro. Todo mundo tinha a quem admirar. As meninas faziam o máximo para que os meninos que elas gostassem as notassem.
Mas nem para isto Olívia se importava. Afinal, com quê aquela garota se importava?
O sinal tocou. Todos foram se situar em seus devidos assentos. E, claro, a própria Olívia.
O professor de química entrou na sala. Passou um trabalho em dupla, mas ficaria opcional para os alunos.
Como sempre, Olívia esperava ser chamada. Se ela fosse chamada.
Mas alguma coisa ali tinha mudado. Não nela, mas em um outro alguém: Hugo Stone. O menino mais popular da escola, quem as meninas mais admiravam. Alto, musculoso, cabelos pretos, olhos azuis. Ele era bonito. Na verdade, lindo. Além disso, era o líder do time de futebol americano da escola, e de 8 campeonatos, Hugo tinha ganhado 6 e assim, não deixava de ser impecável com suas notas escolares.
Enfim, Hugo era O GAROTO.
Viu Olívia no final da classe. Se aproximou, e falou:
- Ainda hoje, aqui na biblioteca da escola?
- O... quê?
- O trabalho, em dupla, de química. Eu e você, aqui na escola quando acabar a aula, lá na biblioteca.
- Você me pediu?
- Eu precisava te pedir?! Mas, tudo bem, vamos começar novamente. Oi, Olívia, eu sou Hugo, e quero saber se você quer fazer o trabalho de...
- Tá, tá, já... já entendi.
- Ótimo. Até lá. - Hugo se levantou, e voltou a seu lugar, na frente da classe.
Olívia olhou para a turma. Todos estavam boquiabertos, olhando para a-menina-que-não-fazia-ideia-do-que-estava-acontecendo. Ninguém estava acreditando no que acontecera naquele momento.

Mais outras três aulas se passaram. 12:30.

Olívia pegou um hambúrguer e chegou à biblioteca. Ele ainda não havia chegado. "Por que o garoto mais popular da escola, bonito e inteligente escolheria logo a mim para fazer isto? Logo ele? O que todos admiram e idolatram? Ele só pode estar de brincadeira comigo, querendo me fazer de besta. E eu ainda caí nessa. Haha, eu nunca me toco mesmo!"
Deu meia-volta, jogou o hambúrguer no chão e se virou. Ele estava olhando para ela. Aqueles olhos hipnotizantes estavam a encarando. Naquele momento, Olívia estremeceu, e se envergonhou. "Que bom que não disse aquilo em voz alta!" Pensou.
Hugo sentiu o seu nervosismo e segurou a sua mão. Entregou-a outro hamburger:
- Já tinha comprado um para você. Estava te esperando desde 12:25, bem ali, naquela cadeira. Os livros já estão prontos.
- Hm...
- Podemos?
E assim, eles foram até a mesa. Como esperado, toda a biblioteca estava olhando para os dois.


Continua. §
 

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